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 Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia > Vol. 10, Nº 2 (2013) Open Journal Systems 


DESGASTE SUPERFICIAL DO SOLO EM CAFEICULTURA CAPIXABA DE MONTANHA EM FUNÇÃO DO MANEJO DA VEGETAÇÃO ESPONTÂNEA

Michael Ferraz de Paula, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IF
Paula Alvarez Cabanêz, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IF
Jéferson Luiz Ferrari, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IF


Resumo
O objetivo desta pesquisa foi analisar o desgaste superficial do solo por erosão hídrica, mediante alteração na superfície nas entrelinhas de plantio de café, em função do manejo adotado da vegetação espontânea. Para isso, foi delineado numa lavoura de café arábica, Guaçuí, ES, um experimento fatorial 2x4 e três repetições por tratamento, sendo um fator com dois níveis de declividade (34% e 52%), e o outro fator, com quatro manejos culturais nomeados por T1 – Café mantido roçado; T2 – Café consorciado com feijão (Phaseolus vulgaris L.); T3 – Café mantido capinado e T4 – Mata (Controle). As variáveis estudadas foram o desgaste superficial e a perda do solo, mensuradas pelo Método de Pinos, durante o período de 15/11/2010 a 20/03/2011 (estação chuvosa). Os resultados mostram que o manejo cultural influencia o desgaste superficial e a perda do solo. Quando a lavoura de café foi mantida capinada no nível de declividade de 52%, os valores médios de desgaste superficial e perdas de solo chegaram a 0,57 mm e 7,24 t ha-¹, respectivamente. Porém, neste mesmo nível de declividade, quando a lavoura de café foi mantida roçada e/ou consorciada com feijão, constataram-se reduções de perdas de solo na ordem de 35,76%. Tais resultados relevam que os cafeicultores de montanha devem repensar suas práticas para o manejo da vegetação em suas lavouras de modo a evitar maiores prejuízos em relação ao solo, água e nutrientes perdidos por erosão hídrica. Demonstram ainda que, apesar de não ter ocorrido diferença estatística significativa entre os desgastes superficiais e perdas de solo nos tratamentos café consorciado com feijão e roçado, tais práticas podem ser consideradas “boas práticas agrícolas”, pois além de manter o solo coberto, colaboram com a ampliação da renda do produtor, com a reciclagem de nutrientes no solo e com a redução de custos com capinas mecânicas.


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Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia.   ISSN: 1809-0664