Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia

Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia > Vol. 10, Nº 2 (2013)

VULNERABILIDADE NATURAL À CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VACACAÍ-MIRIM: USO DA METODOLOGIA GOD

PEDRO DANIEL DA CUNHA KEMERICH, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA/CESNORS
SÉRGIO ROBERTO MARTINS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
MASATO KOBIYAMA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
RÉGIS LOPES DA SILVEIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
LEÔNIDAS DESCOVI DESCOVI FILHO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
ALENCAR RIZZARDI, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
WILLIAN FERNANDO DE BORBA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA/CESNORS

Resumo
Existem ainda muitas dúvidas sobre a vulnerabilidade dos aquíferos à contaminação, bem como o risco para a saúde da população vizinha e as restrições e cuidados que podem ser exigidos. Faz-se necessário estudar todos os aspectos, identificar os que apresentam riscos e que exigem cuidados técnicos e científicos na sua implantação e operação. Assim, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo principal de determinar a vulnerabilidade natural à contaminação dos recursos hídricos subterrâneos na Bacia Hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim. Para a determinação da vulnerabilidade foi utilizada a metodologia “GOD” (G – groundwater confinement; O – overlayng strata; D – depht to groundwater table), elaborada por Foster et al., (2006). A vulnerabilidade variou de insignificante a extrema. Nas águas subterrâneas da bacia hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim, foi possível observar que existem áreas com vulnerabilidade extrema, em função dos níveis estáticos próximos a superfície incluindo surgências em alguns casos, e das formações geológicas com alta permeabilidade (Formação Serra Geral, Aluvião e Terraços Fluviais). Para essas áreas deve ser dada atenção especial, não permitindo ou restringindo-se o uso destinado a atividades com potencial poluidor considerável. Também ficaram evidenciadas as áreas de menor vulnerabilidade, que ocorrem principalmente nas formações geológicas com características físicas que não permitem a transmissão de possíveis contaminantes, e onde a água subterrânea se encontra a grandes profundidades, áreas essas passíveis de receberem atividades com maior potencial poluidor.

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