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 Open Journal Systems > Vol. 8, No. 11 (2007) open journal systems 


Violência doméstica contra a mulher: um estudo no Estado de São Paulo – Brasil

Antonia Dalla Pria Bankoff, FEF-Unicamp
Paula Ciol, FEF-Unicamp
Maria José C.Moraes Marques, FEF-Unicamp
Carlos Aparecido Zamai, FEF-Unicamp
Ademir Schmidt, FEF-Unicamp


Abstract
A Violência Doméstica é um problema que afeta milhares de pessoas, sendo um problema que não costuma obedecer algum nível sócio-cultural específico e na maioria das vezes acontece por pessoas da própria família. Depois da nossa participação no Fórum Global - Genebra em 2003, onde apresentamos o problema da violência doméstica contra mulheres, crianças, adolescentes e idosos no Brasil, apresentamos um projeto junto a Secretaria Nacional de Defesa da Mulher, sugerindo a criação de um programa educacional voltado para esportes, qualidade de vida, atividades artísticas e culturais, porque acreditamos que investindo na mulher encontramos o mais simples antídoto efetivo para as pressões e problemas mundiais como guerras, pobreza e doenças. Desta forma, nosso grupo de pesquisa realizou diversas reuniões envolvendo mulheres no estado de São Paulo, no sentido de encontramos saídas para os problemas. De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, em 2003 foram registradas mais de 350.000 formas de agressões contra a mulher. Por exemplo: 26 homicídios, 1.827 maus tratos, 87.000 ameaças, entre as quais 19.000 resultando em agressões 1.100 estupros, entre outros. Segundo o Ministério Público do Paraná (2003) a cada quinze segundos uma mulher é espancada no país, apesar da atenção e criação de leis a favor das mulheres nos últimos 17 anos. Em 70% desses casos, a agressão ocorre dentro da própria casa pelo companheiro, sendo marido ou namorado. A vítima da violência doméstica geralmente tem pouca auto-estima e encontra-se atada na relação com quem agride, por dependência emocional ou material. Além disso, sente-se traída, pois o agressor promete que nunca mais vai repetir este comportamento, no entanto, o comete novamente. Das mulheres agredidas, 50% têm entre 30 e 40 anos; 30% entre 20 e 30 anos; 50% dos casos o casal tinha entre 10 e 20 anos de convivência; 40% entre 1 e 10 anos e após a queixa 40% dos casais se separam e 60% continuam a viver juntos. Diante destes dados, há uma forte necessidade de se ter uma atenção maior focalizando a violência contra a mulher como um problema prioritário, bem como, solicitar fundos junto aos órgãos governamentais para implementações de pesquisas, pois através da educação permanente e por intermédio de práticas de atividades físicas, culturais e artísticas será possível melhorar a qualidade de vida e o bem estar desta população. Palavras Chave: Violência doméstica, Agressão, Mulheres. Atividades físicas.


ABSTRACT

The domestic violence is a problem that reaches thousands of people. It can be considered a problem that doesn’t follow a specific social and cultural level. After Forum 7, Geneva 2003, where we presented the problem of domestic violence against women, children, adolescents and elders in Brazil, we presented a project to the Women Defense National Secretary for the creation of an educational program in sports, quality of life, cultural and artistic activities, because we believed that investing in women is the single most effective antidote to the worlds pressing problems: war, poverty, and disease. Thus, our research group realized several meetings involving women in state of Sao Paulo searching for solution for the problems. According to the Women Defense Police, in 2003, there were more than 350 thousands of some sorts of violence against women. For instance: 26 homicides, 1.827 bad treatments, 87.000 threaten, with 19.000 resulting in aggressions, 1.100 rapes, among others. According to Public Ministry of Paraná (2003), every fifteen seconds a woman is spanked in the country, despite the attention and law creations protecting the women in the last seventeen years. In seventy percent of the cases, the aggressions occur in their own house and committed by either husband or boyfriend. The victim generally has low self-esteem and is dependent emotionally or materially to the aggressor. Many of them said that the reasons to remain in a violent relationship are: Negative self-concept, children need a father, difficulties getting a job and meeting new friends, husband will reform. In addition, she feels betrayed because despite the promises of the aggressor will never do it again, he does. 50% of women involved with violence abuse they are between 30 and 40 years old; 30% between 20 and 30 years old; 50% of couples were among 10 and 20 years of acquaintance; 40% between 1 and 10 years. After denounce, 40% of couples get divorced and 60% of them keep living together. Thus, it is necessary to draw attention to violence against women as a priority problem and also to identify resources that can help to address it and also throughout artistic, cultural and physical activities bring a better life quality for population. Key words: Domestic violence, Aggression, Women, Physical activities.



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Movimento e Percepção - ISSN: 1679-8678

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