A gestão da qualidade de vida no trabalho pode ser uma estratégia para garantir a adaptação e desenvolvimento humano em ambientes organizacionais nos novos tempos. Ela compreende o homem em todas as suas dimensões: biológica, psicológica e social. Este artigo analisa o bem-estar psicológico das pessoas nos ambiente organizacionais, uma vez que a dimensão psicológica do homem muitas vezes não é bem compreendida no mundo da administração, embora influencie as demais. Para tal, é revisitado o tema qualidade de vida no trabalho com ênfase nos aspectos de bem-estar psicológico e um trabalho de campo foi realizado com a intenção de entender a percepção e sensação das pessoas sobre seu bem-estar psicológico. O trabalho de campo foi realizado com profissionais do meio acadêmico e do meio empresarial, utilizando o conceito de bem-estar psicológico da psicóloga americana Carol Ryff, que foca a auto-realização suportada por seis dimensões: auto-aceitação, relacionamentos positivos, autonomia, habilidades e competências, objetivos de vida e crescimento pessoal. Este estudo é comparado à outra medição realizada em 2002, com processos metodológicos semelhantes. Este trabalho aponta para um maior impacto das demandas do mundo moderno especialmente sobre as dimensões autonomia, habilidades, competências e crescimento pessoal e reforça a relação entre bem-estar psicológico e atividade profissional.

The quality of work life administration can be a strategy to guarantee human's adaptation and development at the workplace in modern times. It brings a holistic comprehension of the human being in its three dimensions: biological, psychological and social. This article analyzes people's psychological well-being in organizations, since such psychological dimension is not usually well understood in administration arena, although it influences the others dimensions. Thus, quality of work life matters are revisited emphasizing its psychological well-being aspects and a field research was conducted in order to understand people's psychological well-being perception. Such field research analyzed professionals of the academic and organizational environments, using American psychologist Carol Ryff's concept of psychological well-being, which focuses on self realization supported by six dimensions: self acceptance, positive relationships, autonomy, abilities and competencies, life objectives and personal growth. This study is compared to another field research conducted in 2002, with similar methodological procedures. This work points to a greater impact of modern demands on the autonomy, abilities and competencies, and personal growth dimensions and reinforce the relations of psychological well-being and professional activities.